O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), forneceu o nome
da mãe como contrassenha a ser usada em consultas ao banco suíço Julius Baer. A
informação consta dos documentos de abertura da conta Triumph-SP, uma das
quatro atribuídas ao deputado pela Procuradoria Geral da República.
Para investigadores envolvidos no caso, trata-se de mais um
indicativo de que os recursos no exterior eram diretamente controlados pelo
peemedebista.Entre
os procedimentos de segurança, o banco exige que o cliente responda a uma
pergunta secreta, definida no momento da criação da conta. Ela serve para
acessar o serviço de helpdesk (suporte técnico).A questão escolhida na abertura da Triumph-SP foi "O nome
de minha mãe". A resposta a ser dada, preenchida numa das fichas de
abertura, era "Elza". O deputado é filho de Elza Cosentino da Cunha.
Para os investigadores, o uso de informações pessoais para
acessar a conta enfraquece os argumentos de Cunha, que desde a semana passada
afirma não ter ingerência sobre os valores nela depositados.
Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo",
publicada no sábado passado, o
presidente da Câmara afirmou ter repassado recursos de seus negócios no
exterior, entre eles a venda de carne enlatada na África, para
agentes fiduciários, os quais seriam os responsáveis pela administração dos
ativos.
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