Sob forte
comoção de familiares, foi sepultado nesta terça-feira, 7, no cemitério
de Diamante, o corpo de um dos mais antigos machantes do município
diamantense: Manoel Martins Cassimiro, que era conhecido como Manezim
Machante, de 85 anos.
Ele morreu em sua casa, na Rua Augusto Pereira, em Diamante, na manhã
dessa segunda-feira, depois de uma passagem pelo hospital de Itaporanga
no dia anterior. Conforme Maria Aparecida, filha do idoso, e Cícero
Costa da Silva, ex-genro dele, o senhor Manezin apresentava sintomas da
chikungunya, além de outras complicações clínicas, e foi levado ao
hospital de Itaporanga, mas faltou medicamento. “O soro e a vitamina que
o médico passou não tinha no hospital, então a enfermeira anotou num
papel e pediu que eu comprasse em uma farmácia, mas eu não encontrei em
nenhuma farmácia de Itaporanga”, disse Cícero.
Revoltado, o ex-genro do idoso disse que a falta de assistência
medicamentosa adequada ao idoso foi o que motivou sua morte. “Já que o
hospital não tinha remédio, era pra transferir ele para outro hospital,
mas mandaram ele pra casa e lá ele morreu”, comentou Cícero Costa, que
também procurou uma rádio local e denunciou o caso.
Aparecida disse que seu pai já havia passado pelo hospital outra vez e
novamente o hospital não ofereceu condições satisfatórias de atendimento
ao idoso, que retornou para casa com seu quadro clínico ainda mais
agravado. A volta ao hospital nesse domingo deu à família uma esperança
de sobrevida ao enfermo, mas ocorreu exatamente o contrário. “Na
primeira vez que ele foi ao hospital, faltou oxigênio e, agora, faltou
soro: é triste uma pessoa como meu pai, um homem que trabalhou a vida
toda, e, na hora da precisão, ir para um hospital e não receber a
assistência que precisava”, lamentou a filha.
Folha do Vale
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