quarta-feira, 8 de junho de 2016

Morte de diamantense motiva família à queixa contra o hospital de Itaporanga

Sob forte comoção de familiares, foi sepultado nesta terça-feira, 7, no cemitério de Diamante, o corpo de um dos mais antigos machantes do município diamantense: Manoel Martins Cassimiro, que era conhecido como Manezim Machante, de 85 anos.
                Ele morreu em sua casa, na Rua Augusto Pereira, em Diamante, na manhã dessa segunda-feira, depois de uma passagem pelo hospital de Itaporanga no dia anterior. Conforme Maria Aparecida, filha do idoso, e Cícero Costa da Silva, ex-genro dele, o senhor Manezin apresentava sintomas da chikungunya, além de outras complicações clínicas, e foi levado ao hospital de Itaporanga, mas faltou medicamento. “O soro e a vitamina que o médico passou não tinha no hospital, então a enfermeira anotou num papel e pediu que eu comprasse em uma farmácia, mas eu não encontrei em nenhuma farmácia de Itaporanga”, disse Cícero.
                Revoltado, o ex-genro do idoso disse que a falta de assistência medicamentosa adequada ao idoso foi o que motivou sua morte. “Já que o hospital não tinha remédio, era pra transferir ele para outro hospital, mas mandaram ele pra casa e lá ele morreu”, comentou Cícero Costa, que também procurou uma rádio local e denunciou o caso.
                Aparecida disse que seu pai já havia passado pelo hospital outra vez e novamente o hospital não ofereceu condições satisfatórias de atendimento ao idoso, que retornou para casa com seu quadro clínico ainda mais agravado. A volta ao hospital nesse domingo deu à família uma esperança de sobrevida ao enfermo, mas ocorreu exatamente o contrário. “Na primeira vez que ele foi ao hospital, faltou oxigênio e, agora, faltou soro: é triste uma pessoa como meu pai, um homem que trabalhou a vida toda, e, na hora da precisão, ir para um hospital e não receber a assistência que precisava”, lamentou a filha.


Folha do Vale

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