terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Sem data-base, servidores do Estado ameaçam paralisar atividades

Estava previsto. No fim do ano, o governador Ricardo Coutinho (PSB) disse em entrevista ao Jornal da Paraíba que não teria como falar em reajuste para os servidores estaduais antes de observar as arrecadações nos primeiros três meses do ano. Chegamos em janeiro e a discussão sobre reajuste ainda não começou, justamente por causa do arrocho na economia. O resultado é que algumas categorias já começam a mobilização para pressionar o governo. Os servidores da Fundac discutem a paralisação das atividades na próxima quarta-feira (13), enquanto que o Fórum de Servidores quer se reunir com o governador Ricardo Coutinho (PSB).

Os funcionários da Fundação de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac) vão se reunir na quarta a partir das 14h, em assembléia geral, quando decidirão sobre um dia de paralisação de advertência. Eles protestam contra a indefinição em relação à aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da categoria, bem como em relação ao reajuste referente a data-base dos trabalhadores. De acordo com a presidente do Sindicato, Lúcia Brandão, além de se definir uma data para a paralisação de advertência de 24 horas será apresentado ainda para avaliação e aprovação dos associados, o Plano de Ações e Luta para o ano de 2016, elaborado pela entidade sindical.
As entidades do Fórum dos Servidores protocolaram nesta segunda-feira (11) nova solicitação de audiência com o governador para discutir o reajuste das categorias, em face da data-base. As entidades salientam que as perdas salariais já ultrapassam os 30%, o que vem gerando um desestímulo entre os servidores e, consequentemente, queda na qualidade dos serviços prestados à sociedade. Em reunião, os servidores avaliaram os números das finanças do Estado que desmistificam o discurso do governo acerca da falta de recursos. “Há dinheiro, porém está sendo mal gerido, haja vista despesas excessivas com comissionados, prestadores de serviços e ‘codificados, que podem ultrapassar os R$ 600 milhões”, afirmam os integrantes do Fórum.

Jornal da Paraíba

Nenhum comentário:

Postar um comentário