domingo, 10 de janeiro de 2016

Manifestação em Itaporanga se encerrou com algumas polêmicas e duas promessas do governo


Durou cerca de 9 horas o bloqueio da BR-361 em Itaporanga nessa sexta-feira, 8. A manifestação popular reivindicava a implantação de uma adutora emergencial para o enfrentamento do colapso no abastecimento d’água da cidade, obra autorizada pelo governo Coutinho em junho do ano passado, mas nunca iniciada.
            O protesto foi encerrado depois que o secretário de recursos hídricos do estado, João Azevedo, ligou para a comissão organizadora da manifestação e assumiu dois compromissos: ele garantiu que na próxima quarta-feira, 13, o subsecretário da pasta se reúne com a comissão em Itaporanga para agilizar ações paliativas à população, a exemplo de perfuração de poços. Com relação à adutora, que é quem vai resolver definitivamente o problema, o secretário disse que está indo a Brasília tentar angariar recursos para iniciar a obra, que pode começar em fevereiro.
            Apesar de ter achado estranho que o governador tenha assinado a ordem de serviço da obra sem dinheiro, como revelou o secretário, ou seja, tenha faltado com a verdade à população local, a quem prometeu e não cumpriu a conclusão da adutora em três meses, a comissão decidiu dar um crédito ao secretário e encerrou o protesto, mas um grupo de manifestantes queria insistir no bloqueio da estrada, sendo contido por policiais militares e rodoviários, gerando um princípio de tumulto.
            Mas essa não foi a única polêmica da manifestação: ao longo do protesto, outros desentendimentos ocorreram, especialmente com relação a motoristas que queriam passar e foram impedidos. Alguns agricultores também tiveram dificuldades para chegar à cidade no dia de feira livre e ficaram insatisfeitos.
           Um carro da saúde de Itaporanga não passou pelo bloqueio, motivando a secretaria de saúde à comparecer ao local do protesto e manifestar a sua insatisfação. Um bombeiro militar, que viajava com a família com destino a Serra Grande, também foi contido pelos manifestantes, que se sentiram intimidados porque o bombeiro estava armado. Ele chegou a ser detido por policiais militares e encaminhado à delegacia, mas não sofreu nenhuma autuação porque tinha o registro da pistola nem houve prova de ameaça contra as pessoas. Um membro da imprensa local, morador da zona rural, também foi barrado pela manifestação, gerando um outro desentendimento e críticas ao radicalismo do protesto. No entanto, a comissão assegura que permitiu, durante a manifestação, a passagem de viaturas policiais, ambulâncias e também doentes e grávidas transportadas em carros particulares.

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