quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ninguém importante do governo comparece e reunião em Itaporanga teve polêmica e frustrações

Durante o protesto realizado no último dia 8, quando populares fecharam uma das principais entradas e saídas de Itaporanga, o subsecretário de recursos hídricos do estado, Deusdete Queiroga, confirmou presença na reunião realizada nesta quarta-feira, 13, o que também foi confirmado, por telefone, pelo titular da pasta, João Azevedo. A manifestação foi encerrada porque a comissão organizadora do movimento acreditou que o governo iria comparecer ao encontro e dar uma resposta maisobjetiva sobre a adutora emergencial tanto reivindicada pela população, mas ninguém compareceu.
                Um convite anunciando a presença na reunião desta quarta do engenheiro José Mota, diretor de Operação e Manutenção da Cagepa, chegou a ser distribuído para dezenas de pessoas, mas ele também não deu o ar da graça. Quem compareceu, convocado de última hora, foi o diretor regional da companhia, com sede em Patos, Marciel Damaceno, mas, diante de dezenas de pessoas, não teve o que falar, anunciando apenas o que todos já sabem: em poucos dias, talvez não mais do que oito, Itaporanga já não terá uma gota d’água em suas torneiras.
                A reunião foi realizada na Câmara Municipal e o debate foi acalorado: muitos criticaram a omissão do governo Coutinho, que, em junho do ano passado, autorizou a obra da adutora emergencial e, depois, veio com a alegação de que não tinha dinheiro e que ainda está tentando angariar recursos em Brasília, o que deixou a população revoltada. Questionamentos contundentes contra o governo e seus representantes locais suscitaram polêmicas e bate-boca.
           A única solução prática e paliativa do governo anunciada durante a reunião pelo coordenador regional de gestão do governo, Chico Lopes, que organizou o encontro, foi a vinda de uma máquina, que já se encontra na cidade, para perfurar poços em pontos estratégicos da zona urbana: os serviços já foram iniciados, mas em nem todos os locais é possível encontrar água no subsolo. “Nós, da comissão, ficamos frustrados porque o acordo que fizeram com a gente de comparecer à reunião não cumpriram, é mais um que o governo descumpre, mas, se não fosse o protesto, a coisa estaria ainda pior porque nem essa máquina o governo teria mandado para cá”, lamentou o líder comunitário Manoel Osmindo, um dos membros da comissão formada para lutar por solução para o problema hídrico da cidade.  Como ainda não há nada de concreto em relação à adutora para trazer água de Nova Olinda para Itaporanga, novas manifestações populares, em protesto contra o governo, estão sendo planejadas.

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