domingo, 23 de outubro de 2016

Paraíba tem 58 reservatórios com menos de 5% da capacidade; açude Coremas está com 2,6%


Cinquenta e oito açudes monitorados pelo Governo da Paraíba estão em situação crítica, com menos de 5% da capacidade de estoque. A Paraíba tem 126 açudes e, desses, apenas 36 reservatórios estão com mais de 20%. De acordo com o presidente da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa), João Fernandes, dos 223 municípios paraibanos, 196 estão em colapso por falta d´água.
A situação crítica foi provocada pelo prolongamento da estiagem e, por isso, a Aesa pediu ao Ministério da Integração Nacional agilidade na conclusão das obras da transposição de águas do Rio São Francisco.
Açude de Coremas 
O nível do açude Coremas, no município de mesmo nome, no Vale do Piancó, chegou a apenas 2,6% da capacidade total de armazenamento de água. A medição foi divulgada na última quinta-feira (13), pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa-PB). Devido ao baixo volume, o açude de Coremas teve uma grande redução na perenização dos rios Piranhas, Piancó e outras cidades, que passaram a receber águas do açude Mãe D´água, que está com menos de 10% do volume total.
Juntos, os açudes administrados pelo Governo do Estado podem acumular 3,7 bilhões de metros cúbicos, mas, segundo dados do setor de Monitoramento e Hidrometria da Aesa, até a manhã desta sexta-feira (21), eles estavam com pouco mais de 441 milhões, ou seja, 11,6%.
“A pior situação encontra-se na região do Curimataú. Está cada vez mais complicado abastecer cidades como Picuí, Nova Floresta, Cuité, Barra de Santa Rosa, Algodão de Jandaíra e Remígio”, alertou João Fernandes da Silva.
Durante audiência que aconteceu esta semana com o ministro de Estado da Integração Nacional, Helder Zahluth Barbalho, o presidente da Aesa lembrou a situação crítica dos municípios.
“Explicamos a gravidade do problema provocado pela maior seca dos últimos 50 anos e pedimos agilidade na conclusão da obra da transposição. O ministro disse que as águas do São Francisco devem chegar em fevereiro de 2017 em Monteiro. Mas, com base nos relatórios técnicos lidos e nas observações de campo que fizemos, acreditamos que isto vai acontecer mesmo em abril”, concluiu João Fernandes.

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