sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sertão: Empresário foragido da Polícia Federal acusado de desviar dinheiro público se entrega e ex-secretário da prefeitura continua foragido

Segundo o MPF, a Construarq ganhou duas licitações com suspeitas de favorecimento, em virtude de relações de parentesco

Empresário investigado pela Polícia Federal se entrega
O ex-secretário de Infraestrutura do Município de Princesa Isabel, no Sertão paraibano, Valmir Pereira de Sousa, continua foragido. A Justiça Federal expediu mandado de prisão preventiva contra ele, por ocasião da deflagração da Operação Cardeiro, na última terça-feira, 19 de julho.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) em Monteiro (PB), Valmir teve a prisão decretada por envolvimento em desvio de recursos públicos e por atrapalhar as investigações da operação.
Já o empresário Sérgio Ricardo Ferreira de Melo Abrantes, proprietário da Construarq Empreendimentos e Construções LTDA, que estava com mandado de prisão preventiva em aberto, se entregou à Justiça na tarde desta quinta-feira, 21 de julho. Ele também é acusado de embaraçar as investigações.
Segundo o MPF, a Construarq ganhou duas licitações com suspeitas de favorecimento, em virtude de relações de parentesco entre Sérgio Ricardo e o atual secretário de Administração e ex-prefeito de Princesa Isabel, cassado pela Justiça Eleitoral em 2012, Thiago Pereira de Sousa Soares, cujo mandado de condução coercitiva ainda encontra-se em aberto. Os advogados de Thiago Pereira e de Francisco Eduardo Lopes de Abrantes, engenheiro da Construarq e pai de Sérgio Ricardo, informaram que ambos vão se apresentar na Delegacia de Polícia Federal (DPF) de Patos nesta sexta-feira, 22 de julho.
Operação Cardeiro – A Operação Cardeiro, cujo nome faz alusão a um cacto bastante comum na região do Sertão, foi deflagrada pelo Ministério Público Federal em Monteiro (PB), a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), no dia 19 de julho, com o objetivo de desarticular quadrilha envolvida em desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e falsidade ideológica. O esquema era realizado na Prefeitura Municipal de Princesa Isabel. Estima-se em R$ 1 milhão a quantidade de verbas federais desviadas, oriundas do Ministério da Saúde.

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