domingo, 17 de abril de 2016

Sepultado um dos primeiros frentistas de Itaporanga. Ele teve sintomas de virose. É a 24ª vítima



Há cerca de 70 anos, uma bomba de combustível para o abastecimento dos poucos carros de Itaporanga e dos caminhões que transportavam algodão daqui para a capital foi instalada no final da Rua Santos Dumont, saída para Piancó.
                      Passados alguns poucos anos da instalação, o proprietário Flávio Arruda contratou o então bem jovem Enoque Pereira para trabalhar como frentista. Deu tão certo que ele só deixou o trabalho quando o posto fechou, muito tempo depois. No entanto, continuou residindo bem próximo do lugar onde abasteceu carros e caminhões durante décadas.
                    Figura muito conhecida e querida, seu Enoque, de 82 anos, faleceu na madrugada dessa quinta-feira, 14, no hospital da cidade, e sepultado no dia seguinte. Ele não era casado nem deixou filhos.  Conforme dona Beta, sobrinha do idoso, ele vinha bem de saúde, apesar dos problemas de coluna, mas, depois que apresentou sintomas da chinkungunya, debilitou-se bastante: fastio, febre e dores eram alguns dos sintomas. Também ficou com os movimentos dos braços comprometidos.
                Com baixa imunidade, uma das características das doenças virais transmitidas pelo mosquito aedes aegypty, ele foi levado ao hospital e, depois de alguns dias, terminou contraindo uma infecção pulmonar e renal, precipitando seu óbito. Um dos fatos mais interessantes da vida do antigo frestista é que ele, ja depis depois dos 50 anos, conseguiu concluir um curso superior: terminou Letras em uma faculdade de Patos. O gosto pelo conhecimento motivou seu retorno aos estudos depois que teve condiçoes financeiras e de tempo para cursar o ensino superior. 
                Em dois meses e meio, ao menos 24 pessoas que apresentaram sintomas das doenças transmitidas pelo mosquito terminaram em óbito, a maioria idosos. Quase toda a população já foi infectada e as mortes continuam, assim também como a omissão do poder público municipal e estadual e das autoridades judiciárias. Até agora nenhuma audiência pública foi convoca pela Câmara Municipal ou pelo Ministério Público para discutir o grave problema. Foto: movimento no cemitério de Itaporanga aumentou expressivamente depois de epidemia.


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