A análise do parecer do relator Fausto Pinato, favorável à abertura da destituição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), começou nesta terça-feira (1°). No Conselho de Ética da Câmara os deputados paraibanos Manoel Júnior (PMDB), Wellington Roberto (PR) e Hugo Motta(PMDB), que representam os paraibanos, insistem quem apesar de todas as acusações e provas contra Cunha, defenderam penas mais brandas para o presidente, que sofre processo por quebra de decoro parlamentar devido contas no exterior. O deputado Wellington Roberto apresentou um voto em separado do parecer propondo a admissibilidade do processo e que o presidente da Casa seja penalizado com censura política. Manoel Júnior defendeu a proposta.
O parecer do relator do processo é favorável à continuidade das investigações de Cunha. Mas deputados próximos do presidente da Câmara compareceram em peso à comissão e fizeram o possível para inviabilizar a votação apresentando reiterados questionamentos ao presidente do Conselho de Ética.
A proposta foi criticada pelo relator e deputados defensores da continuidade do processo de Cunha. Para eles, não pode haver um voto em separado que defenda o arquivamento do processo, ou seja, a inadmissibilidade, e ao mesmo tempo uma punição.
Para Wellington Roberto e Hugo Motta, as condutas do presidente não causaram dano à Câmara Federal.
Manoel Júnior defendeu que Eduardo Cunha não mentiu à CPI da Petrobras ao dizer que não tinha contas no exterior e também afirmou que o Ministério Público não conseguiu provar se os recursos do truste do qual Cunha é sócio são ilícitos ou não.
Por pelo menos uma hora e meia, os deputados aliados do presidente da Câmara conseguiram paralisar o andamento da reunião com uma discussão sobre o fato de o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ter supostamente “furado a fila” na entrada do plenário para registrar presença.
No caso de ausência de um titular, pode votar um dos suplentes da comissão, pela ordem de chegada à reunião. Como Onyx é favorável à continuidade do processo de Cunha, aliados do peemedebistas protestaram dizendo que ele teria burlado uma “fila” informal de deputados na entrada do plenário, para poder registrar presença antes e votar no caso de ausência do titular.
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